04 Bem, aqui eu começo a explicar:
A política de “tudo pelo social”, quando o país passa a priorizar os pobres e
desvalidos começou com o Regime Militar quando se montou um esquema de pagar
FUNRURAL e benesses para os mais pobres para garantir mais votos nas eleições
para a ARENA que era o partido de apoio ao regime, o MDB era oposição.
Atitudes de
criar FGTS e Caderneta de Poupança para financiar casas para os pobres,
infra-estrutura, apoio as prefeituras pequenas em busca de apoio dos políticos,
valorização de votos de pequenas localidades em detrimentos dos grandes centros
produtores foram se formando com o tempo. É a situação que temos hoje. As
pequenas comunidades são muito mais representadas politicamente do que os
grandes centros. Por esse motivo querem a reforma política, hoje. Os partidos
políticos, também são mais dominados pela vontade dos pequenos centros.
Com a maior influência dos partidos de esquerda esses mecanismos, criados no
Regime Militar, foram aprimorados e altamente “potencializados”. Nossa, que
feio essa palavra.
Mecanismos novos de tirar impostos das pessoas ricas para tratar dos pobres
foram aprofundados. O grande erro se deu aqui. Taxaram mais o consumo que todos
pagam e menos os rendimentos que os mais ricos pagam. Leiam até o fim e verão
que não sou socialista, embora defenda essa idéia.
Esses mecanismos levam a fazerem cidades menores, inteiras a viverem,
inteiramente, de repasses de impostos recebidos do governo central. Essas
cidades nada produzem, vivem de receberem aposentadorias, Fundo de Participação
dos Municípios e serviços públicos pagos com impostos recolhidos nas cidades
produtoras. As estradas e serviços públicos que servem essas comunidades, nada
é gerado com recursos dessas comunidades.
Esses centros pequenos giram em torno dos repasses recebidos. Se vemos um comércio
que vende celular, TV , material de construção é porque um aposentado,
beneficiário de programas sociais, ou funcionário publico, recebeu dinheiro de
impostos recebidos dos grandes centros produtores para dar emprego na
localidade.
Os impostos arrecadados nesses lugares nada acrescentam para os governos, ao
contrário, precisam receber cada vez mais dinheiro de impostos para pagar mais
impostos que giram em um circulo vicioso sem nada adiantar. Isto é, o governo
paga impostos de maneira indireta com o dinheiro que repassa as pessoas desses
lugares formando um círculo vicioso. Aparentemente, esses lugares pagam
impostos, mas, como são pagos com o dinheiro de impostos que os próprios
governos receberam de nada vai adiantar.
Foram de propósito as repetições para ilustrar o que acontece.
As periferias das grandes cidades funcionam como se fossem essas pequenas
comunidades só que estão misturadas nas entranhas dos grandes centros produtores.
Falando assim até parece que as pequenas cidades estão “numa boa”. Na realidade
a juventude dessas comunidades encontra emprego na prefeitura do lugar e
pequenos comércios ficando a maioria sem perspectivas de progresso e emprego o
que causa mudança para outros centros mais desenvolvidos onde encontram
emprego, mesmo que sejam em ocupações menos remuneradas como na construção
civil, comércio e serviços gerais.
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