12 Explicação Política
A origem principal do atual estado de coisas originou da influencia decisiva
dos integrantes oposicionistas ao Regime Militar Brasileiro. Como eles não
ganharam a “luta armada” contra os militares esperaram seus enfraquecimentos em
razão de falta de apoio popular, alta de inflação, e descontrole da economia.
Assim voltaram a influenciar na política.
As idéias socialistas influenciaram a confecção da Constituição de 1988 com uma
série de direitos e vinculação de garantias constitucionais onerosas para o
governo. Depois outras idéias de leis onerosas foram sendo incorporadas ao
sistema tributário e de assistencialismo público brasileiro.
Tudo isso se deu em um regime perfeitamente, democrático e constitucional,
porém, nem por isso o resultado foi tão bom como o esperado. Foi esta a maior
prova de que decisões erradas, mesmos que sejam democráticas, vão dar
resultados errados.
Outros
países, como os asiáticos, começaram a lutar por desenvolvimento muito depois
de nós e conseguiram muito mais sucesso.
Nossas políticas de desenvolvimento econômico, educacional e de aumento de
renda são um fracasso.
Aquelas idéias visavam tirar dinheiro dos ricos e distribuir para os pobres,
atraindo investimentos através da cobrança de impostos de renda menores,
atração de dólar com juros altos, em outros momentos variação positiva ou
negativa das moedas estrangeiras. A maior taxação foi efetivada no consumo e
nos impostos diretos contra as empresas e folha de pagamento dos trabalhadores.
Atualmente, a classe média jovem se vê desprestigiada e infeliz e se torna o
estopim das manifestações atraindo os outros descontentes.
A classe pobre de operários está mais satisfeita por gozar de pleno emprego e
salários às vezes maiores que os recebidos por jovens da classe média. Isso se
deu pela execução de uma política de incentivo, subsídios e supervalorização de
financiamentos, na construção civil, estímulos em renúncias fiscais nos
combustíveis, fábricas de automóveis, linha branca, móveis, desoneração de
modelos de computadores para atrair produtores internacionais. Bem, nem dá para
lembrar tudo, pois foram muitas medidas pontuais, casuísticas e setoriais.
Convém dizer que não entramos na crise internacional porque exportávamos muito pouco
para os países mais importantes do mundo tendo iniciado um relacionamento com a
China que, atualmente, já tem substituído os produtos industrializados que
começamos a exportar para eles. Suspeito que ainda não foi substituída a
exportação de alimentos para a China.
Tudo o que foi planejado, democraticamente, antes hoje está implantado e
funcionando. Só que temos os grupos que ficaram descontentes: A classe média,
os comerciantes que não conseguem fazer prosperar seus investimentos e
concorrem com desvantagem com o exterior, os pobres que quando percebem que não
tem dinheiro para financiar a saúde e a educação e transporte suficientes, os
grupos vítimas de violência e crimes. Fora os grupos, todos ficam insatisfeitos
com o aumento da máquina pública, número de funcionários públicos, ministérios,
burocracia e corrupção.
Hoje, a principal causa do aumento da criminalidade é a falta de investimento como
foi planejado para sobrar mais para a educação e por julgar, ideologicamente,
que a polícia era só contra os pobres.
A carga tributária excessiva foi decidida e está implantada hoje, para tirar
dinheiro dos ricos e distribuir aos pobres.
Os programas de subsídios populistas, paternalistas, protecionistas, programas de
distribuição de remédios, assistências diversas e tudo é a aplicação dos
recursos tirados através de impostos que deveriam ser pagos só pelas pessoas
ricas. Deu errado porque são os pobres que pagam mais e os governos pagam muito
tributo de forma indireta.
A política planejada de supervalorização da educação e cultura com incentivo a
formação de muitos estudantes em cursos profissionalizantes e superiores trás
uma super ofertas de mão de obra especializada com poucos postos de trabalho
para aquelas qualificações. Causando desemprego ou emprego em funções menos
prestigiosas. É como passar a carroça na frente dos bois. Passou-se a formar
pessoas que não têm onde trabalhar. É semelhante a construir e remodelar
estádios para a Copa do mundo para receber 50 mil pessoas em cidades que
recebem historicamente, 800 pessoas em cada partida de futebol.
As pessoas formadas e descontentes provaram que têm força e influência para
reivindicar.
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