93 A verdadeira reforma
política.
Uma
reforma política para valer tem de fechar prefeituras que fazem o governo
gastar mais dando Fundo de Participação de Municípios. Com o dinheiro que o
governo federal repassa é que são pagos os salários dos prefeitos e vereadores,
funcionários púbicos, hospitais municipais, ambulâncias para levar doentes no
hospital da grande cidade produtora que paga os impostos reais, todo o serviço
público, estradas, pontes e tudo para essas pequenas comunidades já que não têm
produção ou têm produção insuficiente.
Convém
ressaltar que não é por pura maldade.
Lembremos que, embora esse estado de coisas, as pessoas continuam
carentes e os jovens continuam a terem de sair dessas localidades para
conseguir empregos de serviços gerais, serventes e outros menos qualificados,
em lugares mais adiantados. Quando começam a trabalhar nesses novos lugares já
se tornam vítimas dos altos impostos e encarecimento de mercadorias para manter
a pequena comunidade de onde veio.
Os
únicos beneficiários desse esquema são as estruturas políticas dos partidos
atualmente instalados que se reelegem e mantêm uma estrutura de poder dos
partidos.
A
reforma política inócua seria financiamento público de campanha, que mantém e
aumenta os gastos públicos e mantém a mesma estrutura de influência e poder.
Para manter a atual estrutura de poder, até o voto distrital, regulamentada
pelos atuais políticos procuraria manter a situação atual com votos em
distritos valendo mais do que nos grandes centros produtores e perpetuando o
poder como está, só que no sistema distrital. Isto é, seriam levados a
regulamentarem dizendo que comunidades menores precisariam de menos votos para eleger
seus representantes.
Convém
reconhecer que a atual vigilância da imprensa e das oposições inibiu a
ocorrência de compra aberta de votos e festas faraônicas com as finalidades
acima.
O
julgamento do Mensalão inibiu a influência do governo no Parlamento Federal.
Quando isso aconteceu, para o país ficar governável nessa situação onde o
governo pode oferecer pouco porque a imprensa está de olho e o judiciário menos
servil, a presidente pediu uma reforma política plebiscitária. O que ela não
disse é que essa reforma deve dar condições de governabilidade, ou seja, que dê
mais poder para ela governar. Ou,
simplesmente, ela só quer ganhar tempo? Também existe essa possibilidade.
O
Brasil já desobedeceu a vontade do povo no plebiscito que permitiu a
continuação de fabricação de armas no Brasil e desaprovou a proibição do porte.
O governo, através da Polícia Federal, continua impedindo que as pessoas portem
armas conforme foi aprovado no plebiscito com dois a cada três votos.
Lógico que a vontade do povo não será respeitada no novo plebiscito
proposto para a reforma política. Essa nova reforma será só para consolidar
influências de uma maneira nova e não uma obediência fiel à vontade do povo.
Está um pouco confuso, você misturou reforma política com reforma administrativa com economia, sei que está tudo interligado mas o foco do post não é reforma política? Você deveria falar da forma das eleições, dos mandatos, da composição da casas (câmara e senado), da representatividade dos estados (quantos deputados, qual critério de definição, etc) das câmaras municipais e assembleias estaduais.
ResponderExcluirMinha proposta é criticar a influência da estrutura baseada em miseráveis que continuam miseráveis, dando suporte a deputados e governantes para se chantagearem mutuamente barganhando aprovação de leis em troca de cargos e vantagens. Layout e organograma de estrutura política fica para depois. Foi intencional.
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