sábado, 20 de julho de 2013

93 A verdadeira reforma política.

93 A verdadeira reforma política.

            Uma reforma política para valer tem de fechar prefeituras que fazem o governo gastar mais dando Fundo de Participação de Municípios. Com o dinheiro que o governo federal repassa é que são pagos os salários dos prefeitos e vereadores, funcionários púbicos, hospitais municipais, ambulâncias para levar doentes no hospital da grande cidade produtora que paga os impostos reais, todo o serviço público, estradas, pontes e tudo para essas pequenas comunidades já que não têm produção ou têm produção insuficiente.
             Convém ressaltar que não é por pura maldade.  Lembremos que, embora esse estado de coisas, as pessoas continuam carentes e os jovens continuam a terem de sair dessas localidades para conseguir empregos de serviços gerais, serventes e outros menos qualificados, em lugares mais adiantados. Quando começam a trabalhar nesses novos lugares já se tornam vítimas dos altos impostos e encarecimento de mercadorias para manter a pequena comunidade de onde veio.
              Os únicos beneficiários desse esquema são as estruturas políticas dos partidos atualmente instalados que se reelegem e mantêm uma estrutura de poder dos partidos.
              A reforma política inócua seria financiamento público de campanha, que mantém e aumenta os gastos públicos e mantém a mesma estrutura de influência e poder. Para manter a atual estrutura de poder, até o voto distrital, regulamentada pelos atuais políticos procuraria manter a situação atual com votos em distritos valendo mais do que nos grandes centros produtores e perpetuando o poder como está, só que no sistema distrital. Isto é, seriam levados a regulamentarem dizendo que comunidades menores precisariam de menos votos para eleger seus representantes.
              Convém reconhecer que a atual vigilância da imprensa e das oposições inibiu a ocorrência de compra aberta de votos e festas faraônicas com as finalidades acima.   
              O julgamento do Mensalão inibiu a influência do governo no Parlamento Federal. Quando isso aconteceu, para o país ficar governável nessa situação onde o governo pode oferecer pouco porque a imprensa está de olho e o judiciário menos servil, a presidente pediu uma reforma política plebiscitária. O que ela não disse é que essa reforma deve dar condições de governabilidade, ou seja, que dê mais poder para ela governar.  Ou, simplesmente, ela só quer ganhar tempo? Também existe essa possibilidade.
                O Brasil já desobedeceu a vontade do povo no plebiscito que permitiu a continuação de fabricação de armas no Brasil e desaprovou a proibição do porte. O governo, através da Polícia Federal, continua impedindo que as pessoas portem armas conforme foi aprovado no plebiscito com dois a cada três votos.

                 Lógico que a vontade do povo não será respeitada no novo plebiscito proposto para a reforma política. Essa nova reforma será só para consolidar influências de uma maneira nova e não uma obediência fiel à vontade do povo. 

2 comentários:

  1. Está um pouco confuso, você misturou reforma política com reforma administrativa com economia, sei que está tudo interligado mas o foco do post não é reforma política? Você deveria falar da forma das eleições, dos mandatos, da composição da casas (câmara e senado), da representatividade dos estados (quantos deputados, qual critério de definição, etc) das câmaras municipais e assembleias estaduais.

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    1. Minha proposta é criticar a influência da estrutura baseada em miseráveis que continuam miseráveis, dando suporte a deputados e governantes para se chantagearem mutuamente barganhando aprovação de leis em troca de cargos e vantagens. Layout e organograma de estrutura política fica para depois. Foi intencional.

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