Deu à
lógica. Nas manifestações de rua, recentes, as pessoas que não reclamaram do
preço das passagens foram os empregados de carteira assinada que recebem vale
transporte. Quem protestou são pessoas que pagam passagens e que agora são
numerosas na sociedade.
Os
lucros dos empresários, pouco contribuem com o preço das passagens porque giram
em torno de 10% anuais, sobre o valor do capital aplicado na empresa. Para ganhar
menos de 8% ou 10%, os empresários não têm coragem de aplicar o dinheiro
comprando empresas de ônibus e vão aplicar em outros negócios mais lucrativos.
Quando ganham absurdamente muito não passa de 15% anual, sobre o capital
aplicado. Uma diminuição na margem de lucro seria capaz de diminuir, no máximo,
5% nos preços das passagens. Só a
diminuição de impostos seria muito maior que isso. Só as passagens que os
idosos não pagam, e outras isenções, baixariam a passagem muito mais. Se alguns
não pagam o preço fica maior para quem paga.
Estopim das manifestações, os preços dos ônibus, que poucos pagam e
muitos contribuem para encarecer os preços, precisam ser entendidos:
Pessoas
sem carteira assinada pagam.
Outros
que pagam: estudantes, desempregados que não procuram emprego e não aparecem
nos índices de desemprego, desempregados que procuram emprego, jovens que ficam
em casa atrás dos computadores e não têm empregos formais, trabalhadores
autônomos, empresários empregadores pagam o vale transporte e cobram pequena
porcentagem dos empregados.
O
que contribui para encarecer tanto os preços dos ônibus não são os lucros dos
empresários e sim o que relaciono abaixo:
Impostos, os
mais caros do mundo.
Muitas
viagens com pessoas que, legalmente, não pagam passagem, principalmente idosos,
mas existem outros que não pagam, conforme acordos e legislação que muda
diariamente.
Falta
de segurança em grandes cidades. Em Belo Horizonte em áreas carentes os moradores
carentes, violentos, criminosos, amedrontam os motoristas e cobradores, bandos
entram nos ônibus e impõem não pagarem passagem, já mataram vários motoristas e
cobradores que não concordaram com o não pagamento.
O
preço alto das passagens faz parte de uma política geral aplicada pelos
governos de onerar setores da sociedade para beneficiar as pessoas consideradas
como merecedoras de benefícios sociais. Por essas políticas as empresas podem
ser oneradas infinitamente sendo a elas atribuídos todos os custos, junto com
setores não protegidos seriam os que podem pagar os custos todos da sociedade.
Como
os desempregados e os que não têm emprego e não aparecem no índice de
desemprego, não estão na lista dos protegidos, eles devem pagar os custos junto
com os empresários.
O
grande problema que ocorreu nas recentes manifestações é que as pessoas que não
estão listadas como beneficiárias da proteção social do governo ficou numerosa
e resolveu sair para as ruas.
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