quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

65 A cidadezinha e minhas observações sobre o que me rodeia.


                       A cidade de destino é tranqüila, quatro mil habitantes, contando as crianças, jovens e tudo. Dentro do Aeroporto da Pampulha, caberiam várias cidades dessa com todas as casas espaços vazios e população.
                       A cidadezinha tem eleitores cadastrados ha 5 anos por volta de 2000, sendo que 700 não votavam por morarem em cidades maiores ou na capital. Pelo número atual de pessoas acho que esse permanece sendo o retrato atual.
                       Sabe como é essa cidade? É uma rua em forma de círculo, digamos, uma elipse, torta rabiscada por um estudante do pré-primário, toda torta. Essa rua toma 4 nomes diferentes de rua e uma praça. Em uma das extremidades existe um aglomerado de 3 ruas com 300 metros estimados para cada uma. Na outra extremidade sai um apêndice de 500 metros formando outra rua. Em outro ponto sai uma estrada que leva a outro município e que tem moradores esparsos por outros 400 metros.
                        Em volta existe um “mar de verde”. A vegetação agradeceu a chuva desse mês de dezembro, início de janeiro de 2014.
                        Na maior parte o que nos apresentam os olhos, são florestas, matas fechadas, pasto sem bater, cujos fazendeiros pobres e sem mão de obra porque não conseguem pagar o salário mínimo e contribuições sociais totalizando R$1500,00, assinar carteira, vale transporte e tudo. Acreditem que só para pagar um salário mínimo ele precisa vender 1400 litros de leite (me informei e atualizei o preço de venda de R$1,00 ao produtor). Como não tem tecnologia, ração balanceada, ordenhadeira, nessas condições não podem mais serem chamados de fazendeiros. Vacas só conseguem ter 10 com 4 ou 5 dando leite de 2 a 5 litros cada uma que ele mesmo ordenha manualmente.

                         Assim a terra vira floresta e seus filhos vão para cidades maiores trabalhar e ganhar pouco.

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