A cidade de destino é tranqüila, quatro mil habitantes, contando as
crianças, jovens e tudo. Dentro do Aeroporto da Pampulha, caberiam várias
cidades dessa com todas as casas espaços vazios e população.
A cidadezinha tem eleitores cadastrados ha 5 anos por volta de 2000,
sendo que 700 não votavam por morarem em cidades maiores ou na capital. Pelo
número atual de pessoas acho que esse permanece sendo o retrato atual.
Sabe como é essa cidade? É uma rua em forma de círculo, digamos, uma
elipse, torta rabiscada por um estudante do pré-primário, toda torta. Essa rua
toma 4 nomes diferentes de rua e uma praça. Em uma das extremidades existe um
aglomerado de 3 ruas com 300 metros estimados para cada uma. Na outra
extremidade sai um apêndice de 500 metros formando outra rua. Em outro ponto
sai uma estrada que leva a outro município e que tem moradores esparsos por
outros 400 metros.
Em volta existe um “mar de verde”. A vegetação agradeceu a chuva desse
mês de dezembro, início de janeiro de 2014.
Na maior parte o que nos apresentam os olhos, são florestas, matas
fechadas, pasto sem bater, cujos fazendeiros pobres e sem mão de obra porque
não conseguem pagar o salário mínimo e contribuições sociais totalizando
R$1500,00, assinar carteira, vale transporte e tudo. Acreditem que só para
pagar um salário mínimo ele precisa vender 1400 litros de leite (me informei e
atualizei o preço de venda de R$1,00 ao produtor). Como não tem tecnologia,
ração balanceada, ordenhadeira, nessas condições não podem mais serem chamados
de fazendeiros. Vacas só conseguem ter 10 com 4 ou 5 dando leite de 2 a 5
litros cada uma que ele mesmo ordenha manualmente.
Assim a terra vira floresta e seus filhos vão para cidades maiores
trabalhar e ganhar pouco.
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